Itararé, Cidade de Artistas - O Rock Aqui é Rota Sul

Itararé, Cidade de Artistas - O Rock Aqui é Rota Sul
Só os imbecis são felizes (Silas Correa Leite, in, Provocações, TV Cultura)

DECLAMAR POEMAS - Silas Correa Leite de Santa Itararé das Artes


Declamar Poemas

Não gosto de decorar poemas
Prefiro falar poemas com um livro na mão
O livro é meu instrumento musical.
(Solivan Brugnara)

Para Regina Benitez

Não fui feito para declamar poemas
Ter timbre, empostar a voz, tempo cênico
E ainda dar tom gutural em tristices letrais.

Não fui feito para decorar poemas
Malemal os crio e os pincho fora
Pro poema saber mesmo quem é que manda.

Não fui feito para teatralizar poemas
Mal os entalho e deixo que singrem
Horizontes nunca dantes naves/gados.

Não fui feito para perolizar poemas
Borboletas são pastos de pássaros
Assim os poemas que se caibam crusoés.

Não fui feito para ser dono de poemas
Eles que se toquem e se materializem
Peles de pedras permitem leituras lacrimais.

Não fui feito nem para fazer poemas
Por isso nem cheira e nem freud a olaria
Apenas uso estoque de presenças jugulares.

Não fui feito eu mesmo. Sou poema
Bípele, cervejólo, bebemoro noiteadeiros
Quando ovulo sou fio-terra em alma nau.
-0-
Silas Correa Leite, Itararé-SP
E-mail: poesilas@terra.com.br

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Microconto: Noite - Silas Correa Leite





Microconto:


Noite

Sentiu que estava sendo seguido. Seu instinto de sobrevivência ligou-o. Acionado o plug instintal, se encostou na parede de vidro fumê, e sondou o derredor. Alguém ou algo o espreitava em algum lugar. A rua, àquela hora da noite tinha becos, cortiços, lixões, guetos, tudo entre a sombra e a escuridão. Mas não teve medo. Devagar, seguiu andando. Estava pronto. Nunca estivera tão a ponto de bala para deixar de viver. Lentamente, horas depois que atravessou os quase cinco mil metros, chegando perto de luz farta, foi que se sentiu seguro e fora de risco. Então desatou a chorar. Aquela era uma bela noite para morrer.

Silas Correa Leite
Santa Itararé das Artes
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Blogue:
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quarta-feira, 8 de julho de 2009

INDIFERENÇA - Letra de Rock, Silas Correa Leite




Letra de Rock

INDIFERENÇA

1
Ninguém quer saber a minha dor
Nem saber a amargura que estou passando
A minha solidão
A minha angustia
Ninguém quer saber, ninguém compreende

(Refrão)
Mas quando eu canto ou escrevo
Ficam todos assustados
Acham que eu sou louco
É melhor julgar do que pensar
O desconhecimento aumenta a falta de sensibilidade (BIS)

2
E quando eu for um vencedor
E quando eu chegar lá o que dirão
Foi o louco que deu certo
Teve sorte na vida
Ninguém quererá saber a história real
.............................................................

E se eu me perder de mim?
E se eu ficar louco realmente?
Minhas feridas, meus poemas
Minhas músicas eu canto mentalmente
Pois silencio sobre a insensibilidade das pessoas

Quem nos salvará de nós/
Até quando a indiferença?
E quando eu chegar lá
Quem estará vivo e limpo e digno, para me abraçar
E pedir perdão?

-0-

Silas Correa Leite
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E-mail: poesilas@terra.com.br