Itararé, Cidade de Artistas - O Rock Aqui é Rota Sul

Itararé, Cidade de Artistas - O Rock Aqui é Rota Sul
Só os imbecis são felizes (Silas Correa Leite, in, Provocações, TV Cultura)

DECLAMAR POEMAS - Silas Correa Leite de Santa Itararé das Artes


Declamar Poemas

Não gosto de decorar poemas
Prefiro falar poemas com um livro na mão
O livro é meu instrumento musical.
(Solivan Brugnara)

Para Regina Benitez

Não fui feito para declamar poemas
Ter timbre, empostar a voz, tempo cênico
E ainda dar tom gutural em tristices letrais.

Não fui feito para decorar poemas
Malemal os crio e os pincho fora
Pro poema saber mesmo quem é que manda.

Não fui feito para teatralizar poemas
Mal os entalho e deixo que singrem
Horizontes nunca dantes naves/gados.

Não fui feito para perolizar poemas
Borboletas são pastos de pássaros
Assim os poemas que se caibam crusoés.

Não fui feito para ser dono de poemas
Eles que se toquem e se materializem
Peles de pedras permitem leituras lacrimais.

Não fui feito nem para fazer poemas
Por isso nem cheira e nem freud a olaria
Apenas uso estoque de presenças jugulares.

Não fui feito eu mesmo. Sou poema
Bípele, cervejólo, bebemoro noiteadeiros
Quando ovulo sou fio-terra em alma nau.
-0-
Silas Correa Leite, Itararé-SP
E-mail: poesilas@terra.com.br

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal 2009




Mensagem de Natal

DEZ DICAS PARA O NATAL E PARA SOBREVIVER EM 2.010


(Primeiro Tratado de Primordiais Virtudes Básicas)


01)-Lembre-se sempre que você estabeleceu metas antes mesmo de começar a existir.

02)-Nunca respeite seus limites circunstanciais de trajetos cósmicos. Na dúvida ou em dezelo íntimo, aprenda a fazer biscoitos de prelúdios silvestres.

03)-Escolha estrelas-referenciais com alto estilo. Faróis humanos são abençoados, mágicos, brilhantes. Farão você se encontrar em você.

04)-Procure o seu mais puro e devido lugar de muito bem ser, para então ser muito bem e crescer nesse seu espaço todo próprio de se existencializar. Alguns chamam isso de lar. Mas um grande amor também pode ser um lar. O seu melhor lugar-lar é dentro de você mesmo. Seja feliz no seu estar em si.

05)-Não tenha horário para nada. Tenha sintonia. E se tiver, relaxe e goste. Tudo é lição de passagem. Ame amar o amor de cada momento todo seu de ser estar e permanecer-se.

06)-Leve seus assuntos íntimos e pessoais para passear com você, mostre os caminhos, as trilhas, os relevos, e quando for dormir, esgote seus pesadelos entre o vermelhão dos extintores de incêndios dos anjos.

07)-Aceite palpites mas teste-os sempre em você mesmo, no amor e na dor, na alegria e na tristeza, no claro e até no clima ambiental de média luz.

08)-Não acredite em tudo. Desconfie até de você mesmo. Não queira ser o que você não é. Não queira ser o que você não saberia ser, nem agüentaria suportar o tranco de ser no futural. Faça bem para você mesmo, fazendo bem aos outros no entorno. Sempre ficamos em paz conosco quando nos fazemos um bem amplo, humanista e territorial.

09)-O mundo inteiro é seu professor. Saiba ser eterno aprendiz. Seus problemas são seus professores. Aí incluindo inimigos, situações-conflitos de riscos, solidões coivaras, músicas da alma, diferenciais de rotas improvisadas, pragmatismos, atropelos, vazantes lacrimais.

10)-Vida é treino. Viver é estar no apuro do esforço físico, mental, emocional e espiritual de lapidação. Viver é, assim, estarmos sempre afinando instrumentos de capacitações em estúdios abertos de nossos espíritos peregrinos.


-0-


Feliz Natal 2009 – O Ano Que Vem Vai ser Dez
Silas Correa Leite – E-mail:
poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Salmo Para Julia Moura Lopes, Porto, Portugal





Salmo para Julia Moura Lopes, do Porto, Portugal


Senhor, tende piedade dos meus pés descalços
Sobre a calvície oblíqua da terra cor de sangue
E olhai para as bolhas de água dos meus dedos
Que singram carcaças nunca dantes navegadas

Senhor tende piedade das espigas de milho
Que colhem o ouro do sol com energia atomal
E nos devolvem em broas e pudins e horizontes
Que dedilhamos sementes em almas andarilhas

Senhor tende piedade da água na ponte de pedra
De uma Portugal que é prelúdio dentro da gente
E abençoai a alma poética da amiga Julia Moura
A escrever-nos em salmouras santas na distância

E por fim, Senhor tende alguma piedade de mim
Lusonauta trazido da Ilha da Madeira numa leva
Todos na diáspora a fugir do terror de uma cruz
E por teu santo nome nos fizemos brasilíndios

Nesta américa latina em pó deixamos os finca-pés
De ancestrais lusos com líricas em santas cítaras
E no escambo a poetar com a alma de Julia Moura
Nossas lágrimas de sangue o olhar dela de pepitas

-0-

Silas Correa Leite
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

SERVIDÃO - Letra de Rock Poema de Silas Correa Leite






Letra de Rock (Quem Se Habilita a Musicar?)


Servidão


A servidão voluntária dos grupos
Tribais,
Sexuais,
Sociais
Cabeças vazias arrotando culpas
Sintomas de subcretinos insensíveis quase
Canibais


Todos submissos, pífios, incultos
Amorais,
Animais,
Consensuais
Mentes vagando no nada absoluto
Cotas de sem cérebro, hipócritas, janotas
Boçais


A servidão de condomínios insepultos
Letais,
Fecais,
Presenciais
Tribos, grupos, panelas, totens, posudos
Chacais


A solidão voluntária da falta de escrúpulos
A solidão voluntária da falta de escrúpulos
A solidão voluntária da falta de escrúpulos
-0-
Letra de Rock/Poema: Silas Correa Leite
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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

H2OUTROS - Letra de Rock Poema






H2OUTROS


A bomba que te espera
Não virá da estratosfera
Mas do lixo que produziste na primavera
Haverá na terra tanto aterro sanitário
Que até tu otário
Já era

A bomba que te virá
Do céu não irromperá
Mas do pão e mel que faltará
E a fome horrendo que será
A bomba atônita de tua era

Por fim e por fatal mágoa
A bomba da falta dágua
Onde um bilhão de humanagente é pouco
Dois bilhões de gados marcados entre porcos
E a bomba H 2 Outros

-0-

Letra

Silas Correa Leite

Poema da Série: H2OUTROS – Letras de Rock Poemas

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Poema ao Poeta Silas Correa Leite, por Arine de Melo Jr




Ao Poeta
Silas Correa Leite:



Poema do Poeta

vida e morte,
um homem na rua.
sonho e realidade,
um homem no céu.
céu e morte,
inferno de um homem.
um poeta, a obscuridade,
além disso,
simbiose do meio,
meio alma, ouro,
meio ouro, nisso.
literomaníaco,
sem dilema, esforço,
formalidade ou gênero,
poeta primeiro...
alem disso,
nada, palavra sem veio.
poeta que é poeta,
vive, a serviço...


Arine de Mello Jr. 13/11/09

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A CURA - Poema Querendo Ser Letra de Rock



A Cura (Orbitação)
(Poema Querendo ser Letra de Rock)

A aspirina não cura a dor da consciência
A cocaína não bota luz na sua ausência
O ipod não vai te levitar
Range rede mas é só um som virtual
Que cura
É a sua loucura
Nessa entrevada procura?

O papo de bar é só uma luz no seu self
Igreja não vai substituir você de você
O humor é colírio no espírito
Ser feliz é muito mais que casual
Que paz
Que você corre atrás
Se mudanças em si não faz?

Fugir é sempre muito dentro da gente
Vegetar é um futuro ponto de interrogação
Morrer é de todo jeito
Só os imbecis são quimicamente felizes
Que razão
É a sua orbitação
Sem noção existencial?

-0-

Silas Correa Leite, Itararé-SP
E-mail:
poesilas@terra.com.br
www.itarare.com.brsilas.htm

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AMY WINEHOUSE - Letra de Rock






...........................................................................................


eles tentaram me fazer ir para a reabilitação

mas eu disse “não, não e não"

sim, eu já passei pelas trevas,

mas quando eu voltar

saberia-sei-saberei
eu não tenho tempo

e se meu pai acha que eu estou bem

ele tem tentado me fazer ir para a reabilitação

mas eu não vou-vou-vou
prefiro estar em casa com meu amor

eu não tenho setenta dias

porque não há nada

não há nada que você possa me ensinar

e não posso aprender com o psiquiatra

eu não tive um monte de aula

mas eu sei que não entro em uma redoma de vidro
eles tentaramme fazer ir para a reabilitação

mas eu disse “não, não, não"

sim, eu já passei pelas trevas,mas quando eu voltar

saberia-sei-saberei
eu não tenho tempo

e se meu pai acha que eu estou bem

ele tem tentado me fazer ir para a reabilitação

mas eu não vou-vou-vou
o doutor disse:"por que você acha que está aqui?"

eu disse: "eu não tenho idéia.eu vou, eu vou perder o meu bebê,então eu não quero uma garrafa por perto."

o doutor disse:"eu só acho que você está deprimida,beije-me aqui, baby, e vai descansar."
eles tentaramme fazer ir para a reabilitação

mas eu disse ”não, não e não"

sim, eu já passei pelas trevas, mas quando eu voltarsaberia-sei-saberei
eu não quero jamais voltar a beber

acabei, oh, eu só preciso de um amigo

eu não vou passar dez semanas pra todo mundo querer saber o que vou usar sobre o curativos
não é só o meu orgulhoa dor também seca minhas lágrimas

eles tentaram me fazer ir para a reabilitação

mas eu disse “não, não e não"sim, eu já passei pelas trevas,mas quando eu voltar saberia-sei-saberei
eu não tenho tempo e se meu pai acha que eu estou bem

ele tem tentado me fazer ir para a reabilitação

mas eu não vou-vou-vou


amy winehouse


(By Thadeu Wojciechowski)

domingo, 16 de agosto de 2009

Raul Seixas, Mosca na Sopa do Rock




Metamorfoses


Raul: Assim Seixas!


Trombadinha é a fome

(Pichado Num Muro in Sampa)



-A última vez que o vi, estava saindo da sede do então Diário Popular, o mesmo jeitão alumbrado, então o cumprimentei por educação – não sou do tipo fã histérico ou baba-ovo - mas o Raul Seixas simplesmente apertou a minha mão demoradamente e me deu um abraço, como se eu fosse da familia. Familia Contra Ataca?

-Pensei, discriminando, claro, com os meus botões: deve estar pirado, entrou numas. Ora, isso ele sempre foi em todos os sentidos e insurgências. Já pensou? Depois ouvi o blues lindo que ele fez quando internado numa clínica periferia s/a da vida. Correm as lendas.

-E vai uma: depois de procurar o que tomar, viu embaixo da pia de casa um litro meio que escondido de vinho. Mamou direto. Alguém da casa chegou e, vendo o caso vazio, reclamou na bucha: o vinho tava azedado, tinham guardado pra usar como vinagre. Ele, o Seixas Raul tomou o livro de vinagre inteirinho.

-Canções com letras-mantras. Com letras-protesto. Com letras-crônicas. Com letras que mesmo aqui e ali tachadas de birutas, davam sentido a voos músico-letrais. Ou lítero-musicais. Todo ele uma espécie mestiço tropical-latino de Zimermam-Dylan na fase woodstock. Será o impossível?

-A metamorfose ambulante que bagunçava as opiniões formadas sobre tudo, escamoteando os ouros de tolos. E os tolos de ouro da vida mumificada em regras, modismos e hipocrisias gerais... Era o roqueiro daqueles anos festivais-vernizes, típico mochileiro, maconheiro, festeiro e criticador de peso e quilate. Na veia.

-Raul Seixas criticou igrejinhas, teve a tchurma toda a favor, porque ele criticando no fazer arte era um, no dia-a-dia era uma flor, uma moça. Qualquer musica dele cantada por qualquer um, vira sucesso. Porque ele foi único no que fazia de rock pauleira para ser comestível entre pizzas e crushs. Pois é.

-Pouca voz e muita letra. Se surgisse hoje, estouraria. Pra época era vanguarda. O Brasil tem nele o melhor roqueiro, melhor que Rita Lee (que de ovelha negra pintou global, argh!), pré Cazuza, pré Legião, uma espécie adiantada de Cássia Eller de blue-jeans. Já pensou?

-Se fizesse teatro, seria Plinio Marcos. Se fosse poeta, seria Glauco Matoso. Se fosse fêmeo seria Elis da fase pimentinha ao deus-dará. Mas era único no gênero, figurinha carimbada.

-Sentado no trono de seu apartamento, tinha idéias, corria compor, tava escrita a letramusica. Amigão, tinha momentos de recolhimentos, encucava essas e outras estações, mas, pan-arteiro, sabia que em tudo havia arte e ele tinha um seu próprio filão. Sorte da MPB que com ele foi muito mais que MPB. Foi Música Popular Parabólica. Parabolizado. No entanto, muito mais do que parcialmente fervido, no frever dos ovos.

-Agora, mais do que nunca, o andam cantando em verso e prosa pelaí. Deve ser alguma coisa datada. Mas se você cansar da nova música popular brasileira, que não é nova, não é música, não é popular, não é brasileira, ouça o Raul. Se você penou com a fase neobossa nova das novelas globais, saque o Raul. Ou mãos ao álcool. Pior, se você cansou desses novos roqueiros bananas que viçam bigs brothers por aí, ouça o Raul e que o Raul seja, quero dizer, trocadilhando, Raul Seixas!

-Pra ser um puta roqueiro, tem que ouvir Raul Seixas primeiro. Dá saudades. Para não dizer que não falei de flores, como é que pode morrer tão cedo? Por essas e outras, perdemos a cabeça estrambólica dele que dava o que falar, o que não falar, o que assinar embaixo, cantando refrões e letras diferenciadas.A Mosca da sopa das brasileiranças ufanistas pra curtume
-Um saradíssimo porra-louca, fazendo carnavales com guitarras e algo entre Hawai e Índia. Hawaíndia? Como cabeças & mentes marcam, fazem falta, ele ainda será cantado por tantas gerações futuras. Da que veio geração tubaína, passou pela geração coca cola, e agora cai no diapasão da Geração Teflon, que esquenta mas não quer realmente aderência. Tensão para exatidão, diria Paul Valery.

-Raul Seixas se foi pra ficar

-Assim Seixas!

-0-

Silas Correa Leite, Letrista-compositor de rocks, blues e baladas inéditas
E-mail:
poesilas@terra.com.br - Blogue: www.portas-lapsos.zip.net
Autor de O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio – Giz Editorial, SP, no prelo, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador Bahia 2009

Raul Seixas, Mosca na Sopa do Rock



Metamorfoses


Raul: Assim Seixas!


Trombadinha é a fome

(Pichado Num Muro in Sampa)



-A última vez que o vi, estava saindo da sede do então Diário Popular, o mesmo jeitão alumbrado, então o cumprimentei por educação – não sou do tipo fã histérico ou baba-ovo - mas o Raul Seixas simplesmente apertou a minha mão demoradamente e me deu um abraço, como se eu fosse da familia. Familia Contra Ataca?

-Pensei, discriminando, claro, com os meus botões: deve estar pirado, entrou numas. Ora, isso ele sempre foi em todos os sentidos e insurgências. Já pensou? Depois ouvi o blues lindo que ele fez quando internado numa clínica periferia s/a da vida. Correm as lendas.

-E vai uma: depois de procurar o que tomar, viu embaixo da pia de casa um litro meio que escondido de vinho. Mamou direto. Alguém da casa chegou e, vendo o caso vazio, reclamou na bucha: o vinho tava azedado, tinham guardado pra usar como vinagre. Ele, o Seixas Raul tomou o livro de vinagre inteirinho.

-Canções com letras-mantras. Com letras-protesto. Com letras-crônicas. Com letras que mesmo aqui e ali tachadas de birutas, davam sentido a voos músico-letrais. Ou lítero-musicais. Todo ele uma espécie mestiço tropical-latino de Zimermam-Dylan na fase woodstock. Será o impossível?

-A metamorfose ambulante que bagunçava as opiniões formadas sobre tudo, escamoteando os ouros de tolos. E os tolos de ouro da vida mumificada em regras, modismos e hipocrisias gerais... Era o roqueiro daqueles anos festivais-vernizes, típico mochileiro, maconheiro, festeiro e criticador de peso e quilate. Na veia.

-Raul Seixas criticou igrejinhas, teve a tchurma toda a favor, porque ele criticando no fazer arte era um, no dia-a-dia era uma flor, uma moça. Qualquer musica dele cantada por qualquer um, vira sucesso. Porque ele foi único no que fazia de rock pauleira para ser comestível entre pizzas e crushs. Pois é.

-Pouca voz e muita letra. Se surgisse hoje, estouraria. Pra época era vanguarda. O Brasil tem nele o melhor roqueiro, melhor que Rita Lee (que de ovelha negra pintou global, argh!), pré Cazuza, pré Legião, uma espécie adiantada de Cássia Eller de blue-jeans. Já pensou?

-Se fizesse teatro, seria Plinio Marcos. Se fosse poeta, seria Glauco Matoso. Se fosse fêmeo seria Elis da fase pimentinha ao deus-dará. Mas era único no gênero, figurinha carimbada.

-Sentado no trono de seu apartamento, tinha idéias, corria compor, tava escrita a letramusica. Amigão, tinha momentos de recolhimentos, encucava essas e outras estações, mas, pan-arteiro, sabia que em tudo havia arte e ele tinha um seu próprio filão. Sorte da MPB que com ele foi muito mais que MPB. Foi Música Popular Parabólica. Parabolizado. No entanto, muito mais do que parcialmente fervido, no frever dos ovos.

-Agora, mais do que nunca, o andam cantando em verso e prosa pelaí. Deve ser alguma coisa datada. Mas se você cansar da nova música popular brasileira, que não é nova, não é música, não é popular, não é brasileira, ouça o Raul. Se você penou com a fase neobossa nova das novelas globais, saque o Raul. Ou mãos ao álcool. Pior, se você cansou desses novos roqueiros bananas que viçam bigs brothers por aí, ouça o Raul e que o Raul seja, quero dizer, trocadilhando, Raul Seixas!

-Pra ser um puta roqueiro, tem que ouvir Raul Seixas primeiro. Dá saudades. Para não dizer que não falei de flores, como é que pode morrer tão cedo? Por essas e outras, perdemos a cabeça estrambólica dele que dava o que falar, o que não falar, o que assinar embaixo, cantando refrões e letras diferenciadas.A Mosca da sopa das brasileiranças ufanistas pra curtume
-Um saradíssimo porra-louca, fazendo carnavales com guitarras e algo entre Hawai e Índia. Hawaíndia? Como cabeças & mentes marcam, fazem falta, ele ainda será cantado por tantas gerações futuras. Da que veio geração tubaína, passou pela geração coca cola, e agora cai no diapasão da Geração Teflon, que esquenta mas não quer realmente aderência. Tensão para exatidão, diria Paul Valery.

-Raul Seixas se foi pra ficar

-Assim Seixas!

-0-

Silas Correa Leite, Letrista-compositor de rocks, blues e baladas inéditas
E-mail:
poesilas@terra.com.br - Blogue: www.portas-lapsos.zip.net
Autor de O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio – Giz Editorial, SP, no prelo, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador Bahia 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

QUEM? - Letra de Rock de Silas Correa Leite





QUEM?


(Letra de Rock)



Não há vagas para todos
Não há leite e mel e brioches para todos
Não há terras e diplomas e oxigênio para todos
De que lado você está?

Você pode estar ocupando uma vaga
Você pode estar tomando o leite de um cidadão produtivo
Você pode ter propriedades-roubos que não lhe cabem
Você pode estar produzindo muito menos do que você deveria
De que lado você quer ser?

O seu lugar não é seu e está muito mal ocupado
Você não vale o leite que consome
Seu diploma não lhe deu a devida instrução
Você é um obstáculo para o desenvolvimento
Quem você pensa é?

(Refrão)
Você é o ilustre QUEM?
Você é o inútil QUEM?
Você é o analfabeto existencial POR QUÊ?
Você nuca soube o que fazer de VOCÊ? (Bis)
Abra os olhos e veja a medida do leite
Abra o cérebro e deixe vazar o instintal
Tome seu lugar na máquina e produza
Faça por merecer a sua vida
Ou você não sabe nunca o que fazer?

Vaga, leite, mel, terra, diploma, emprego, totem, prazer ( )
Em que marionete você precisa se espelhar para viver? ( bis )


-0-


Silas Correa Leite – Santa Itararé das Artes
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poesilas@terra.com.br
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Microconto: Noite - Silas Correa Leite





Microconto:


Noite

Sentiu que estava sendo seguido. Seu instinto de sobrevivência ligou-o. Acionado o plug instintal, se encostou na parede de vidro fumê, e sondou o derredor. Alguém ou algo o espreitava em algum lugar. A rua, àquela hora da noite tinha becos, cortiços, lixões, guetos, tudo entre a sombra e a escuridão. Mas não teve medo. Devagar, seguiu andando. Estava pronto. Nunca estivera tão a ponto de bala para deixar de viver. Lentamente, horas depois que atravessou os quase cinco mil metros, chegando perto de luz farta, foi que se sentiu seguro e fora de risco. Então desatou a chorar. Aquela era uma bela noite para morrer.

Silas Correa Leite
Santa Itararé das Artes
E-mail:
poesilas@terra.com.br
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quarta-feira, 8 de julho de 2009

INDIFERENÇA - Letra de Rock, Silas Correa Leite




Letra de Rock

INDIFERENÇA

1
Ninguém quer saber a minha dor
Nem saber a amargura que estou passando
A minha solidão
A minha angustia
Ninguém quer saber, ninguém compreende

(Refrão)
Mas quando eu canto ou escrevo
Ficam todos assustados
Acham que eu sou louco
É melhor julgar do que pensar
O desconhecimento aumenta a falta de sensibilidade (BIS)

2
E quando eu for um vencedor
E quando eu chegar lá o que dirão
Foi o louco que deu certo
Teve sorte na vida
Ninguém quererá saber a história real
.............................................................

E se eu me perder de mim?
E se eu ficar louco realmente?
Minhas feridas, meus poemas
Minhas músicas eu canto mentalmente
Pois silencio sobre a insensibilidade das pessoas

Quem nos salvará de nós/
Até quando a indiferença?
E quando eu chegar lá
Quem estará vivo e limpo e digno, para me abraçar
E pedir perdão?

-0-

Silas Correa Leite
www.portas-lapsos.zip.net
E-mail: poesilas@terra.com.br

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Neverland Jackson (In Memoriam)




Poema (In Memoriam)

Michael “Neverland” Jackson

(Sampa 25.06.09)


“Você pode mudar o mundo/(Eu não
consigo sozinho)/Você pode tocar o
céu/(Vou precisar de ajuda)/Você é
o escolhido/(Vou precisar de um sinal)/
...E se todos chorassem hoje à noite?”

Cry (Michael Jackson/R. Kelly)




Michael Jackson era negro e queria ser branco (com sua cota ancestral de dor negra)
O que o vitimizou – como um estigma
Michael Jackson era pobre e queria ser rico (de posses infantis e desejos transversais)
O que o desconfigurou como um estorvo
Michael Jackson era homem e queria ser mulher (de alguma maneira que pudesse)
O que o adulterou - Narciso cego, Édipo manco
Michael Jackson queria ser judeu (mas era um Peter-Pan enjaulado em cantagonias)
O que o marcou como ser na identificação de.

Michael Jackson como um não-Ser num não-lugar
Cantava dançava compunha dirigia criava voava
Um quase preto homem-menina com desvios íntimos
Com fox-trot nos pés e nos quadris portentosos
E uma alma sempre criança mal-amadurecida
Na ultrajada inocência para fins midiáticos e lucrativos

Fugiu-se na música – as ousadas canções
Tinha ritmo frenético – em viagens sonoras
Sobreviveu feito ermitão – urbano entre brinquedos
O pop do alto ao chão – paranóia na vida-livro
Muito além dos píncaros da glória efêmera...

Agora não tem cor – Não há cor na morte
Agora não tem posses – Nada levamos daqui
Agora não tem sexo – A terra há de comer
Agora não tem vitiligo: pergunte ao pó

Para ter sua tão sonhada Neverland
Assim na terra como no céu em purgações
Cortaria os próprios pulsos com música
Melodia, harmonia, ritmo em vício-clip

Sem saber que do outro lado da vida-hollywood-presley
Não há hormônios - nem cirurgias
Não há espelhos – nem camarins

Talvez nalgum lugar entre o céu e o inferno da terra-mãe
Ele encontre finalmente paz – mas uma paz não humana
E então não tenha mais vergonha da cor
Não tenha nunca mais vergonha do rosto
Não tenha vergonha da origem ou do sexo

Porque seu espírito atribulado finalmente se refrigerará
Em estúdios muito além de suas tantas realidades paralelas
E dentro da morte – muito além do som do silêncio –
Ele novamente ensaiará os primeiros passos de si mesmo
Como num “Thriller”.

-0-

Silas Correa Leite – Santa Itararé das Letras, São Paulo, Brasil
E-mail:
poesilas@terra.com.br
Blogue premiado do uol:
www.portas-lapsos.zip.net
Autor de “O Homem Que Virou Cerveja”,
Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio,
Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, 2009, Giz Editorial, no prelo

sábado, 20 de junho de 2009

CAÇADOS (Letra de Rock Pesado)








CAÇADOS

Estamos sendo caçados
A bala perdida atrás do cidadão
O seqüestro-relâmpago
O câncer, a poluição
O diabetes
A hipertensão
Os juros bancários
O desemprego e o neoliberal neoescravismo da terceirização
O estado mínimo
É cínico
Estamos sendo caçados
Pelo leão do imposto de renda
Pela fome, pela inflação
Pelos cinco poderes amorais
Pela insensibilidade
Pela televisão
Pela justiça incapaz
Pelos políticos corruptos e ladrões de antros neoliberais
Somos o alvo, somos a caça
Do medo, do crédito, de todo mal
A miséria é um revólver quente
A ganância, a estupidez, o consumo imoral
A mentira e a hipocrisia nutrem a sociedade
A boca de fumo e a impunidade
O lucro impune do contrabando informal
As falsas ONGs de amigos do alheio
E o câncer inumano de um capitalismo sórdido e chacal


Morra
Ou
Corra


Você é uma caça em potencial


Da Nova Ordem Econômica Mundial


Cada um de nós é um enorme alvo se movendo
Com sua insensibilidade; e os próprios danos
Deveríamos usar um alarme no pescoço dizendo
-Não atirem em nós – Somos Seres Humanos!


-0-


Silas Correa Leite

Rock "Ninquém Quer Você" (Letra/Poema)




(Rock)
Ninguém Quer Você

Ninguém quer vc/-Então vc se pinta/Ninguém quer vc/Então vc bebe/Ninguém quer vc/Então vc fica nu/Ninguém quer vc/Então vc estuda/Ninguém quer vc/Então vc reza/Ninguém quer vc/Então vc rejeita/Ninguém quer vc/Então vc explode:/-E vira poeta, artista, cantor/E vira terrorista, roqueiro, enganador/E vira E.T., bicha, pintor/E vira prostituta, louco, doutor...


(refrão)


-Vá se vendo
Vai ser horrendo
E vá sobrevivendo
Vc não foge do que vc está sendo


(Está doendo?) -(bis)


-0-


Letra: Silas Correa Leite:
poesilas@terra.com.br
Música: Quem se habilita?.....................................

RESTOS DE NADA (ROCK PESADO) Letra/Poema




(ROCK PESADO)


Restos de Nada
Letra: Silas Correa Leite
poesilas@terra.com.br – Música:..

(Início) – Restos de Nada/Que restos de lixo são/Seres da encruzilhada/Pântanos na aberração/A vida é uma porrada/E é cada um por si/Somos todos restos de nada/Gente pancada que se ilude e ri (Refrão): Matar, Morrer/Cantar, Correr – Destruir todas as civilizações/Restos de Nada – Restos de Nada/Adeus aos sonhos cambada/Adeus às vergonhosas ilusões (bis) (1) Todo mundo está perdido/Ninguém vai mesmo se salvar/É líquido e certo e decidido/A vida vai evaporar/A sociedade é uma piada/Você nem é o que você quer/Somos todos Restos de nada/Salve-se quem puder (Refrão)

(2) Fumar, beber/Transar, apodrecer/Tudo pelo prazer vulgar/Que a fome vai detonar/Baby babe coma e dance/Que restos de vermes os seres são?/Pode ser que a morte seja a nossa única chance/A pior tragédia é a civilização (refrão)

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Rock & Poesia - Letras Lirics





Trombadinha é a fome! - Pichado num muro em Sampa


Quando o Rock and roll é pura Poesia
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"Feche seus olhos e eu beijarei você/Amanhã vou sentir sua falta/Lembre-se de que eu sempre serei verdadeiro/E enquanto eu estiver longe/Vou escrever para casa todos os dias/E mandarei todo o meu amor para você" ("All My Loving" The Beatles)

"Eu vou amar você até os céus pararem a chuva/Eu vou amar você até as estrelas cairem do céu/Para você e para mim"("Touch Me" Patti Smith)


"Ser seu destino/Foi tudo que eu persegui" ("Looking for You" Patti Smith)

"Oh, você não pode ver que você pertence a mim/Como meu coração dói a cada passo que você se dá"("Every Breath You Take", Police)

"Não seja cruel com um coração sincero"("Don't Be Cruel", Elvis Presley)

"Amo você mais do que a própria vida/Você significa muito para mim"(Wedding Song", Bob Dylan)

"Eu, eu serei o rei/E você, você será minha rainha/Nós podemos ser os heróis/Ao menos por um dia"("Heroes", David Bowie)

"Morrer a seu lado/É uma maneira divina de morrer"("There's a Light that Never Goes Out", Smiths)

"Nós vemos coisas que eles nunca vão ver/Você e eu vamos viver para sempre"("Live Forever", Oasis)

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I N É D I T O

"Flores de Metal" (Inédito de Renato Russo/1996 - Para Regina Rosseau)


(In Memoriam)

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"Quando você despertar, lembre-se que eu te amo/Lembre-se que a lua se afasta da terra a cada ano/Lembre-se que o mundo está de cabeça pra baixo(...)/Mas mesmo assim é impossível você errar/Quando você acordar, saiba que eu te amo/E fique por dentro do nosso tempo/Dê adeus ao chá
de estranho cogumelo/Senão, onde será que isso vai parar?/E aceite, que entre nós há um elo forte e belo/Quando você se ligar, entenda que te
amo/E dance comigo no ritmo de nossa música/Esta é a nossa estação única(...)/Vamos visitar as galáxias nascendo no universo/Vamos caçar o Hale Boop logo após o pôr-do-sol/Que será sempre eterno/E vamos atrasar todos os ponteiros do relógio(...)/E já não é sem tempo, entendo/Quando você levantar, lembre-se que eu estou ao seu lado/E me dê um abraço apertado/Nossa saga continua/Quero-a, então, toda nua(...)/Olhe para es-
sas flores/Já não têm mais cores/Elas enlouqueceram em sua ausência/E seu estado de letargia/As deixaram em agonia/São apenas Flores de Metal/Depois do seu suspiro final"
(Renato Russo - in, O Canto do Rouxinol, Livro de Poemas de Regina Rosseau dedicado ao Poeta Roqueiro Renato Russo)
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"Somos da geração do lirismo/Da geração dos cabeludos/Da geração das guitarras/Da geração que amava/Da geração que cantava a nossa inocência/A nossa impotência/Diante de tanta coisa suja/E que, de lambuja/Para deixar de ser besta/Levava porrada/Por isso alguns mudaram de nomeAlguns mudaram de estadoAlguns mudaram de sexo/Alguns mudaram de línguaAlguns mudaram sde mundo e nunca mais foram vistos/De vez em quando se escuta falar/Que tudo pode voltar/Que é só uma questão de tempo/Por favor, não - por Deus, não!/Mesmo que não seja por nós/Que seja pelos qua ainda estão cantando/E pelos que ainda virão cantando"
(Poeta e Compositor-Letrista Vitor Martins, para o Disco de Ivan Lins - Ao Vivo) -0-


Livro (Caetano Veloso)
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Tropeçavas nos astros desastrada
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria

Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando para a expansão do Universo

Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
E, sem dúvida, sobretudo o verso
É o que pode lançar mundos no mundo

Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura

Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los para fora das janelas
Talvez isso nos livre de lançarmos-nos
Ou - o que é muito pior - por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.

-0-

(Caetano Veloso - do Disco/CD/Show de MPB Livro)



A solidão é como chuva
(Rilke)

As palavras são coisas
(Byron)
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Filhos da Pátria





Letra de Rock

FILHOS DA PÁTRIA


(Refrão)

Filhos da Pátria
Somos todos nós
Alguns magnatas
Outros sem voz
Filhos da Pátria
Tantos parasitas
Como dinossauros
Em tantas falsas conquistas (Bis)

01

Crianças morrendo de fome
Sem paz, sem pão, sem nome
O jovem atirado na gangue
Entre o tráfico e o sangue
Pobre abandonado sem lar
Outro sem terra pra plantar
E os velhos na rua do horror
Filhos da Pátria sem amor

02

A decadência total da justiça
Muita riqueza e pouco pão
Polícia para prender polícia
Professor sofrendo arrastão
Salário de mendigo, a ração
Políticas públicas falidas
A violência na banalização
Filhos da Pátria, becos sem saídas

(Para acabar)

Filhos da Pátria
Anjos caídos
Corruptos liberais
Políticos bandidos
Filhos da fome
Pátria mãe gentil
Rostos sem nome
A própria cara do Brasil (Bis)

-0-

Letra: Silas Corrêa Leite – E-mail: poesilas@terra.com.br

Rock dos Estereótipos





Rock dos Estereótipos


Nem todo poeta é pirado
Nem todo músico é vagabundo
Nem todo canibal é tapado
Nem todo gênio é dono do mundo
Nem todo negro é suspeito
Nem todo artista é pensador
Nem todo silicone é peito
Nem todo favelado é um terror
Nem todo paulista é rico
Nem todo playboy domina
Nem todo herói curte pico
Nem toda Miami é Cocaína


(refrão)
Ou vice-versa
Ou aquela ou essa
Se você cai nessa
Apodreça
Talvez você mereça


estereótipo, estereótipo.........................)
Quem cai na chuva é pra se queimar.....)
estereótipo, estereótipo.........................)
A chuva é ácida e sempre vai matar.......)BIS


Nem todo gordo é bonzinho
Nem todo liberal é ladrão
Nem todo Judas é sozinho
Nem todo comunista e pagão
Nem todo garçom é triste
Nem todo cronner é pinel
Nem todo burguês toma uísque
Nem toda Brasília é bordel
Nem todo Sampaulino é bambi
Nem todo preconceito é racial
Nem todo jegue júnior quer Sandy
Nem todo Rio de Janeiro é Carnaval
(refrão)

Letra: Silas Corrêa Leite

Lobos Fantasmas




(Rock) Lobos Fantasmas (Inédito, para ser musicado)

-Os lobos fantasmas moram embaixo do viaduto/E ali esperam a próxima vítima surgir/Um policial, um astronauta, uma freira, um puto/Qualquer carne sedentária e poluída feito carcaça vai servir/-Eles sobrevivem no subterrâneo da cidade/São a própria maldade clandestina excluída da maldade oficial/Se você for predado/Não fique preocupado/Você fará parte da matilha rebelde além da escória do capital/Os lobos são rejeitos da realidade/E se escondem nessa outra dimensão/São drogados, são roqueiros, são bichos da mais alienada verdade/É o próprio mundo sombra muito além do mundo cão/-Eles sobrevivem nessa realidade paralela/São a própria seqüela como resultado de um rejeição social/Se você for capturado/E morrer fique ligado/Você também será um lobo fantasma entre as malhas da subvida marginal...


Letra: Silas Correa leite poesilas@terra.com.br



Música: Quem se habilita

Letra de Rock (Poema Querendo ser Blues)



Letra de Rock (Poema Querendo ser Blues)


Você nunca presta atenção na letra da música que está tocando
Como você vai encarar a barra pesada de viver?
Você não sabe inglês mas vai grunhindo aqueles sons em bando
Como um pit-bul que se esqueceu de enlouquecer...

Você nunca pára mesmo no farol que logo vai se avermelhando
Isso quer dizer tanta coisa e você nunca sabe o que quer dizer
Pode ser você sendo usado ou até mesmo você se anulando
De você mesmo o que é que afinal um dia você vai se fazer?

Você nunca sabe da guerra com a qual foi se acostumando
Você é a bomba pronta para explodir e o seu prazo vencer
Você nunca é você mesmo e assim está só se deteriorando
Pela alienação que é uma droga do consumo em falso prazer

Você está de passagem e nem sabe que o cérebro vai fixando
Todos os campos de trigo com corvos estão aí pra você ver
Você nem entende direito a letra da música que está tocando
Então escrevi essa Letra de Rock pra você aprender a SER.

Silas Correa Leite (Poema da Série “Letras de Rocks”)